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Título
Caracterização geoquímica, geocronológica, e dos fluidos das ocorrecias de metais raros (ETR, SN, BI, U E TH) nos maciços da mina de Santa Bárbara, província estanífera de Rondonia, Brasil
Autor(es)
Director(es)
Materia
Tesis y disertaciones académicas
Universidad de Salamanca (España)
Tesis Doctoral
Academic dissertations
Geoquímica
Geocronología
Metales raros
Mina de Santa Bárbara (Brasil)
Clasificación UNESCO
2503 Geoquímica
2503.04 Geocronología y Radioisótopos
3315.15 Metales Raros
Fecha de publicación
2021
Resumen
[PR] Este trabalho tem como objetivo a caracterização litológica, geoquímica, geocronológica e de fluidos
relacionados aos granitos, granitos greisenizados, veios, greisens e demais ocorrências de ETR,
metais raros, Sn, e seus minerais portadores, na região do Maciço Santa Bárbara na Província
Estanífera de Rondônia (PER). A PER é uma província metalogenética do Cráton Amazônico cuja
mineralização está hospedada numa série de suítes intrusivas graníticas evoluídas, especializadas
geoquimicamente, com afinidade rapakivi, tipo-A, peraluminosos a peralcalinos. Essas suítes estão
relacionadas a mineralizações de Sn com Nb, Ta, W, Be e metais base associados, além de possíveis
ocorrências de elementos terras raras (ETR), Bi, U e Th. Na mais jovem dessas suítes, chamada suíte
dos Granitos Últimos de Rondônia (ca. 995 Ma), a mineralização ocorre na forma de greisen
acamadado, veios, stockworks, e placers associados. Para este trabalho, foram amostradas rochas na
região dos maciços Santa Bárbara, Potosi, 14 de abril e Duduca, com ênfase no primeiro, onde há
atualmente uma mina em atividade que explota cassiterita em aluvião e em greisen intemperizado
friável. Resultados petrográficos permitem inferir similaridade microestrutural e mineralógica entre
os maciços. Os maciços graníticos são compostos de microclina, albita, quartzo e mica escura. A mica
primária ocorre em agregados em formas irregulares ou de coroas, e é pobre em Li–F e rica em Ti–
High Field Strength Elements (HFSE). Uma variedade de mica intersticial aos grãos magmáticos é
interpretada como tardi-magmática, e é rica em Li–F–Ti–HFSE. Já os greisens dos maciços consistem
em rochas pobres em ETR (10 a 20% do teor dos granitos) e ricas em Li, F, Sn, Nb, Ta, formados a
partir do autometassomatismo por H+
do granito por fluidos tardi-magmáticos. Esses fluidos
demonstradamente coexistem com melts de bismuto metálico. A mica do estágio greisen é rica em
Li–F e pobre em Ti–HFSE, e ocorre como grossos cristais nos greisens ou como pseudomorfos de
feldspatos nos granitos parcialmente greisenizados. Zonação composicional em larga escala nas
micas do granito e baixo teor de HFSE na mica do greisen suportam a hipótese de que a mica é
portadora e reservatório de HFSE nos granitos, podendo liberá-los durante hidrotermalismo,
formando minerais-minério. Após a greisenização, o fluido encontra-se rico em K–Na–ETR devido à
dissolução de feldspato e minerais de ETR, porém empobrecido em Ce devido a sua baixa
solubilidade em fluidos oxidados. Esse fluido pode causar feldspatização pós-greisenização dos
granitos adjacentes ao greisen, aumentando em até oito vezes seu teor de ETR com exceção do Ce.
Os minerais primários de ETR no granito são monazita, xenotima e bastnäsita-Ce, enquanto o aporte
tardio de ETR pelo metassomatismo forma principalmente bastnäsita-La. Embora alguns trabalhos
tenham apontado um intervalo de 20 a 30 Myr entre cristalização magmática e alterações pós-
magmáticas associadas à mineralização, datação U–Pb direta em cassiterita revela idades
indistinguíveis da de cristalização magmática do granito, dentro da resolução temporal do método.
URI
DOI
10.14201/gredos.149468
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